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K100

"A arte, e a música em particular, deverão ser meios de sublimação da melancolia, do medo e da desalegria..."

Koellreutter

IMPRECISO E PARADOXAL comemora 100 anos do nascimento do professor e compositor H. J. Koellreutter com a realização de um Colóquio organizado em mesas, oficinas e apresentações de ex-alunos e pesquisadores. 

 

“Relativista, imprecisa e paradoxal” era como definia sua estética, com isso considerando:

(i) O abandono de valores fixos ou cânones de beleza,

(ii) A valorização do acaso e da improvisação e

(iii) A transcendência e superação das dualidades, como dissonância-consonância, som-silêncio e a cisão entre o erudito e o popular.  

 

Sua vida, sua obra artística e seu papel de educador fundem-se no desenvolvimento de uma nova estética profundamente ligada à busca de uma forma de construção de valores na música — e na arte em geral — que dessem conta das formas de vida da contemporaneidade: de massa e conectada.Nesse sentido, parece estar em plena sintonia com Duchamp, Andy Warhol, Kaprow, Joseph Beuys, John Cage ou o movimento Fluxos, num sentido mais geral que borrava as fronteiras fixas entre vida comum e arte e apontava para uma nova forma de valoração da obra de arte: que passava por sua dimensão social. 

H. J. Koellreutter (1915-2005) foi compositor, músico e professor. Trouxe diversas inovações ou re-discussões aos meios brasileiros através conceitos e técnicas da música contemporânea no Brasil: harmonia funcional, dodecafonia, música aleatória, paisagens sonoras, composição com ruídos, a música gráfica — planimetria — entre outros. Além de compositores, regentes e músicos, formou centenas de professores que mudaram o panorama da didática musical.

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